quarta-feira, 15 de junho de 2011

Marcha das Vagabundas


Slut Walk começou em Toronto, no Canadá. Em uma universidade, um policial palestrava sobre segurança no campus universitário e argumentou que as estudantes deveriam evitar se vestir como vagabundas (daí o termo sluts) para não se tornarem alvo fácil de estupros.
Não diga como devemos nos vestir; diga aos homens para não estuprarem
Diante de uma declaração infeliz como esta, as estudantes decidiram protestar. E com razão! Ou será que é normal sofrer uma trágica e forçada agressão ao nosso corpo e mente e ainda assim nos sentirmos culpadas? Não restam dúvidas de que estupro é um medo presente na mente das mulheres e o distúrbio mental vem da parte do agressor. E não das nossas peças de roupas! Sim, vamos continuar nos vestindo do jeito que quisermos. Sempre (http://revistatpm.uol.com.br/notas/marcha-das-vadias.html).

No Ceará, a passeata está programada para o dia 17 de junho, sexta-feira, a partir das 15 horas. Saída: Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará (Avenida Luciano Carneiro, 345). Chegada: Passeio Público. Pontos importantes do roteiro: bodegas, canteiros de construção civil, escolas católicas, bares do circuito boêmio universitário etc. A intenção é, empunhando cartazes com os dizeres “A dress is not a yes" e “Quengas, sim; raparigas, não!”, sensibilizar os cachaceiros, o professor que interrompe cada sentença no meio da aula para fixar o olhar na minissaia da aluna, o cobrador que dispensa alguns centavos da adolescente com decote e por aí vai. 


Esses e outros males sociais presentes no universo masculino não restarão mais na face da Terra após a passagem da intifada feminina, cujos objetivos incluem prescindir de qualquer aparato do macho, eliminando, juntamente com o preconceito, a cultura sexista, os maus tratos, as cantadas burras, o bullying infantil na fila do cinema etc (http://www.opovo.com.br/app/colunas/aerolandiaviaaguanambi/2011/06/10/noticiasaerolandiaviaaguanambi,2254728/carreata-das-quengas-da-rabicaca-ao-machismo.shtml).

O BORDEL POESIA APOIA A LUTA E VAI À RUA PROTESTAR

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A puta


Quero conhecer a puta.
A puta da cidade. A única.
A fornecedora.
Na rua de Baixo
Onde é proibido passar.
Onde o ar é vidro ardendo
E labaredas torram a língua
De quem disser: Eu quero
A puta
Quero a puta quero a puta.

Ela arreganha dentes largos
De longe. Na mata do cabelo
Se abre toda, chupante
Boca de mina amanteigada
Quente. A puta quente.

É preciso crescer esta noite inteira sem parar
De crescer e querer
A puta que não sabe
O gosto do desejo do menino
O gosto menino
Que nem o menino
Sabe, e quer saber, querendo a puta.


Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 5 de abril de 2011

A uma mulher amada




Ditosa que ao teu lado só por ti suspiro!
Quem goza o prazer de te escutar,
quem vê, às vezes, teu doce sorriso.
Nem os deuses felizes o podem igualar.

Sinto um fogo sutil correr de veia em veia
por minha carne, ó suave bem-querida,
e no transporte doce que a minha alma enleia
eu sinto asperamente a voz emudecida.

Uma nuvem confusa me enevoa o olhar.
Não ouço mais. Eu caio num langor supremo;
E pálida e perdida e febril e sem ar,
um frêmito me abala... eu quase morro ... eu tremo.

SAFO
(de "Clássicos do erotismo, vol. 2")

domingo, 27 de março de 2011

Pornografia sem pornografia


Pornografia é arte. Pelo menos é isso que mostram trabalhos como o do norte-americano Tom Gallant ou o projeto Art Goes Porn. No caso de Von Brandis não é diferente. Inspirado no lascivo tema, o artista realizou uma espécie de censura conceitual sobra imagens vintage da mais pura… Putaria. Através de simples recortes, Brandis deixa apenas a silhueta dos homens e mulheres ali retratados, num jogo de esconder e mostrar que nos faz imaginar muito bem os atos realizados, porém de forma menos chocante.

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EXTRAÍDO DO SITE  http://www.zupi.com.br

sábado, 15 de janeiro de 2011

Delta de Vênus

Delta de Venus é um livro escrito por Anaïs Nin. Foi publicado pela primeira vez em 1978, e em 1995 foi adaptado para o cinema tendo como realizador Zalman King. O livro lida com diversos temas sexuais, e de como uma mulher pode manter o equilíbrio entre sua vida e seu trabalho - um estudo e descrição da mulher.


Sinopse

O livro é uma colecção de contos, escrito durante a década de 1940 para um cliente privado conhecido simplesmente como "coleccionador". Esse "coleccionador" contrata Nin, juntamente com outros já bem conhecidos escritores (incluindo Henry Miller), para produzir ficção erótica para seu consumo privado. Apesar de ser dito para deixar linguagem poética de lado e concentrar-se em cenários sexualmente explícitos, Nin foi capaz de criar uma destas histórias literárias que florescem, e uma camada de imagens e ideias para além da pornografia.

As histórias variam em comprimento, algumas tem menos de uma página e outras mais de cem, e estão ligados não só por permissas sexuais, mas também pelo estilo distinto e ótica feminina de Nin.